sexta-feira, 22 de maio de 2009

Análise crítica da abordagem comportamental quanto ao processo ensino aprendizagem:

O ensino, segundo a abordagem comportamental, limita-se a cuidar a apresentação da informação, a organizar as contingências de reforço que facilitam a aquisição de conhecimentos e a definir os resultados finais. Prescinde do contributo das variáveis internas do aluno.
Segundo Skinner, o ensino programado: este deve ser muito estruturado, por pequenas etapas, com resposta imediata e activa e deve obedecer o ritmo próprio de cada aluno.
O professor aparece como o centro do processo ensino-aprendizagem, dado que se baseia num ensino transmissivo, tendo fulcro nas exposições orais que transmitem as ideias aos alunos. O professor surge como o condutor do ensino e da aprendizagem, ele programa, ensina e avalia.
Por sua vez, o aluno é passivo, acrítico e mero reprodutor da informação e de tarefas, não desenvolve a criatividade, não se dá relevo à curiosidade, motivação intrínseca, não constrói, não há preocupação em ensinar a pensar, a valorização do aluno como transformador dessa informação não aparece suficientemente representado.
No que diz respeito, à concepção da aprendizagem, é pretendido, segundo este modelo, promover mudanças nos indivíduos desejáveis e relativamente permanentes as quais devem implicar a aquisição de novos comportamentos e modificação dos existentes.
O comportamento é moldado a partir de estimulação externa (educação) a qual deve manipular o comportamento em determinada direcção, sendo que o homem não é visto como um ser livre mas antes um produto do meio, podendo ser moldado até ser aquilo que se pretende.
Segundo o modelo comportamentalista é desejado que os alunos sejam seres pensantes e bem comportados, dando-se a aprendizagem quando há uma mudança permanente numa tendência comportamental, sendo a aprendizagem um refinar progressivo das respostas dos sujeitos a estímulos instrutivos externos.
A aprendizagem é mantida pela prática, exercícios e pelas contingências de reforço constante como factor de motivação da aprendizagem.
De acordo com todas estas ilações podemos afirmar que este tipo de ensino apresenta vantagens e desvantagens, não sendo o ensino pretendido na actualidade.
Como vantagens podemos evidenciar o facto de cada aluno aprender ao ritmo próprio, avançando para o próximo conteúdo apenas quando o anterior está aprendido, o aluno nunca é deixado para trás e além disso recebe quase imediatamente a confirmação do seu êxito. Por outro lado, este tipo de ensino promove o isolamento social, não permitindo usufruir dos benefícios que o trabalho de grupo pode originar. O aluno não tem opção de discordar, nem de investigar e nem de reflectir.

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